A prévia da inflação oficial brasileira surpreendeu positivamente, registrando 0,18% no mês, a menor taxa para outubro em três anos. O resultado foi puxado principalmente pela queda nos preços da energia elétrica e pela moderação na alta dos alimentos. Apesar da desaceleração, economistas mantêm a projeção de que a taxa Selic permanecerá em 15% até o fim de 2025, mas o alívio inflacionário aumenta a pressão sobre o Banco Central para iniciar o ciclo de cortes já no início de 2026. A queda no IPCA-15 sinaliza um possível alívio no IPCA oficial de novembro.

Dados e pontos-chave

  • IPCA-15 Outubro: 0,18% (Abaixo das expectativas de mercado).
  • Acumulado em 12 meses: Desaceleração para 4,94%.
  • Drivers: Queda nos preços de energia elétrica e menor pressão em alimentos, apesar da gasolina ter subido ligeiramente.

Impactos para investidores e empresas

A inflação mais controlada é um fator positivo para a Renda Fixa, oferecendo melhor previsibilidade nos ganhos reais, e pode aliviar a pressão sobre o custo de crédito para empresas e consumidores. Em contrapartida, a queda na gasolina, apesar do corte da Petrobras, sugere que o repasse total ainda não foi capturado pelo índice. O dólar, por sua vez, oscilou de forma estável, reagindo aos dados positivos de inflação dos EUA, que reforçam a aposta em um corte de juros americano mais cedo, beneficiando moedas emergentes.

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Fonte: Folha de S.Paulo