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Copom decide hoje a Selic: foco no tom do comunicado

Por Thaís Marinho

Quarta-feira, 5 de novembro de 2025 — O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia no início da noite a decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. A expectativa predominante é de manutenção, com atenção total ao tom do comunicado e às sinalizações para os próximos trimestres.

Apesar de sinais recentes de alívio gradual da inflação e das expectativas, os indicadores ainda se mantêm acima do centro da meta. Isso sustenta a avaliação de que a política monetária permanecerá restritiva por mais tempo. O mercado acompanha se o Copom reforça a mensagem de juros elevados por período prolongado e como equilibra os riscos domésticos e externos no seu balanço de riscos.

O que acompanhar no comunicado

  • Linguagem sobre inflação subjacente e expectativas: menções à trajetória de convergência e ao ritmo de desinflação.
  • Balanço de riscos: peso relativo de fatores internos (atividade, mercado de trabalho, serviços) e externos (câmbio, juros globais, geopolítica).
  • Condições para 2026: quais gatilhos seriam necessários para iniciar cortes (melhora consistente nos núcleos, expectativas ancoradas e atividade moderando).

Cenário-base de trajetória

O cenário-base segue apontando para Selic estável até o fim de 2025, com início do ciclo de cortes em 2026, condicionado a dados que confirmem convergência da inflação para a meta e estabilidade das expectativas. As projeções de fim de 2026 orbitam patamar em torno de 12%–12,5%, mas a trajetória dependerá do conjunto de indicadores de atividade, emprego, câmbio e serviços.

Leitura tática da Kaza Capital

Em decisões como a de hoje, o texto costuma importar tanto quanto o número. Pontos importantes:
(1) a probabilidade de manutenção prolongada; (2) se o Banco Central reduz ou amplia o peso de riscos domésticos e externos; e (3) a presença de gatilhos objetivos para discutir cortes em 2026.

Impactos práticos por classe de ativos

  • Pós-fixados: seguem favorecidos enquanto a taxa permanece elevada.
  • Prefixados: exigem seletividade e prazos compatíveis com a leitura de ciclo.
  • Inflação (IPCA+): podem ganhar relevância conforme o mercado precifica desinflação à frente.
  • Renda variável: pede disciplina e foco em qualidade operacional, fluxo de caixa e horizonte de longo prazo.

A equipe da Kaza Capital | BTG Pactual acompanha a decisão e os desdobramentos do comunicado para ajustar taticamente as alocações, sempre preservando a coerência com o perfil e os objetivos de cada investidor.

Disclaimer: Conteúdo informativo e educativo. Não constitui recomendação de investimento. Antes de investir, avalie seu perfil, objetivos e prazos, e considere orientação profissional.

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